"Perante o estado de descontrolo emocional de Pacheco Pereira, hesitei em escrever este post. Há sempre o risco de o filósofo da Marmeleira se vitimizar, invocando uma qualquer crise existencial, e depois os seus leitores ainda me crucificam se o autor do Abrupto for obrigado a uma cura de sono. Em todo o caso, arrisco.
Pacheco Pereira condescende que o processo Freeport teve início com uma conspiração:
Veio a provar-se em tribunal que esta “campanhazinha negra”, discutida nos “encontros da Areosa”, teve início com uma carta anónima elaborada por Zeferino Boal, candidato do CDS à presidência da Câmara de Alcochete e distinto representante do CDS no STAPE.
Foi com base nessa “denúncia anónima” que a Polícia Judiciária se pôs a investigar e enviou, em 2005, para as autoridades inglesas uma carta rogatória, cuja resposta chegou agora (segundo se diz no comunicado da PGR):
A gritaria a que se assiste tem, portanto, por base uma “denúncia anónima”, com origem na maquinação congeminada nas vésperas das eleições legislativas em que Santana Lopes e Paulo Portas sofreram uma pesada derrota.
Ora é precisamente essa “denúncia anónima”, que esteve na base da “campanhazinha negra”, que agora serve a Pacheco (e a outros muchachos) para lançar e alimentar a campanha negra em curso.
Quando se esperaria que Pacheco Pereira denunciasse este remake da “campanhazinha negra”, o filósofo da Marmeleira opta por rosnar às canelas da vítima. Quando se esperaria que a direcção do PSD apontasse o dedo àqueles que, no seu seio, designadamente no grupo parlamentar, colaboraram nesta moscambilha, assiste-se a um silêncio cúmplice com os Karl Roves de trazer por casa.
PS — Há um pormenor desactualizado no comunicado da PGR: foi identificado em tribunal o autor da denúncia, pelo que, em rigor, já não se pode falar em denúncia anónima. Ela teve um rosto e propósitos precisos."
Mais comentários, para quê????
NO PÚBLICO DE HOJE: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1358069&idCanal=12