O assunto candidatura presidencial já é pacífico entre os socialistas, mesmo que para alguns o seja a contragosto. Mas já não há nada a fazer. O avanço de Fernando Nobre nunca baralharia as contas internas do PS que, à excepção de Eanes, não voltou a apoiar numas presidenciais um não-militante. O timing de Alegre - em Janeiro transformou a sua candidatura num processo irreversível - é que não coincidiu com o de Sócrates que preferia discutir o assunto mais tarde. Agora, o estado-maior do PS espera pelo fim do processo Orçamento de Estado/Programa de Estabilidade e Crescimento para tomar uma posição oficial sobre a candidatura de Alegre que será, inevitavelmente, de apoio.
Muitos dos militantes de base juntaram-se já à candidatura de Alegre, enquanto, de forma avulsa, dirigentes vão manifestando o seu apoio. Mota Andrade, vice--presidente do grupo parlamentar e um socrático de sempre, iria participar no jantar de campanha em Bragança, que estava previsto para dia 5, mas teve de ser adiado. Mota Andrade é o presidente da federação do PS de Bragança, mas, exactamente por não existir ainda apoio oficial do partido a um candidato, estaria no jantar a título "pessoal".