PORTO – Na deslocação que se previa difícil à Madeira o Porto voltou a jogar mal e perdeu. É o segundo jogo consecutivo, para o campeonato, que o Porto não vence.
Depois do golo Maritimista esperava-se a normal reacção Portista, mas não aconteceu. O Marítimo esteve sempre melhor que o seu adversário, controlando-o por completo e, para quem viu o jogo, não seria surpresa o Marítimo chegar ao intervalo com uma vantagem maior, tantas foram as oportunidades desperdiçadas pelo conjunto insular.
Naturalmente, com o avizinhar do fim do encontro o Porto aproximou-se mais da baliza do Marítimo, mas sem grande organização, mais com o coração do que com qualidade de jogo. É um facto que não fora Peçanha (guarda-redes do Marítimo) a fazer pelo menos uma grande defesa e algum acerto na hora decisiva de alguns jogadores do Porto, este podia ter chegado ao empate.
Assim não foi e, como reconheceu o treinador do Porto, o Marítimo foi justo vencedor.
O que é facto é que o jogo inicia-se com o Sporting a controlar e a manietar o seu adversário. O Rio Ave não se encontrava e o Sporting, ainda que sem jogar muito bem, ia aproveitando e chegou ao golo aos 22’ minutos por Matias Fernandez, aproveitando um “brinde” da defesa Avense. Depois do golo do Sporting a reacção do Rio Ave não foi muito determinada e não conseguia criar grandes oportunidades de golo, até que, já nos descontos da 1ª parte, no seguimento de um lançamento de linha lateral, o árbitro assistente dá indicação para a marcação de uma grande penalidade a favorecer o Sporting, apesar da falta não ser perfeitamente visível nas imagens televisivas, aceita-se a decisão ainda que pareça talvez excessiva. João Moutinho faz golo e coloca o Sporting a vencer por 2 a 0 ao intervalo. Para muitos o jogo estaria decidido.
Assim não se verificou. Mais uma vez o Sporting não segura a vantagem, neste caso mercê de uma muito melhor 2ª parte do Rio Ave e com 2 golos de João Tomás fixou-se o marcador em 2 a 2. Resultado justo.
Nota para a expulsão de Daniel Carriço, que me parece injusta, ainda assim sem influência directa no resultado, visto ter acontecido quando a partida já se encontrava com o resultado de 2 a 2.
Aguardemos o que se passará em Alvalade nos próximos dias, no que respeita à contratação de treinador, director desportivo e novo administrador da SAD.
BENFICA – Ufff e ao cair do pano o Benfica marcou, por Javi Garcia, somou mais 3 pontos e colasse ao Braga no 1º lugar, com 25 pontos, estando percorrido um terço de campeonato.
O Benfica passou o jogo em ataque continuado, tentou por todas as formas chegar ao golo, de bola parada, de jogo corrido pelas alas, em tabelas, explorando o remate de longe, mas o golo não aparecia mercê de uma memorável exibição de Peiser – guarda redes da Naval – e de algum desacerto dos finalizadores do Benfica.
Como diz o ditado “água mole em pedra dura…”ou “quem joga para empatar arriscasse a perder” verificou-se, neste jogo. O Benfica marcou aos 89’ minutos, afundando o porta-aviões da Naval e colocou justiça no Marcador. O grande mérito do Benfica foi nunca desistir, nunca baixar de velocidade e acreditar e, no caso, a sorte protegeu os audazes.
Deixo nota da estatística do jogo para que se perceba a quantidade de jogo ofensivo do Benfica: Posse de Bola 67%; ataques 51 contra 17; remates 29 contra 5; cruzamentos 28 contra 10; cantos 8 contra 3, oportunidades de golo não concretizadas 9 contra 1, enfim uma avalanche de futebol ofensivo que, digo eu, merece sempre ser premiada;
POSITIVO DA JORNADA: Golo de Desmarets do Guimarães e de Matias Fernandez do Sporting. A luta incessante do Benfica pela vitória e as vitórias de Marítimo e Paços de Ferreira
NEGATIVO DA JORNADA: Porto, Belenenses e árbitro do jogo entre o Leixões e o Nacional.